Ensaio Book Ana diária 1

Ensaio Book Ana diária 1
31 de outubro de 2012
"I just wanna be free. I just wanna be me."

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Fragrâncias da vida

Início de ano é sempre um momento um tanto quanto estranho, acho até que é mais estranho do que o final de ano. Eu estou aqui na praia, entre visitas rápidas do sol e muitos momentos de chuva, ontem saí para correr de manhã. Consegui pegar um solzinho, escutei música, suei, olhei para o mar, cheguei em casa me sentindo nova. Fiquei na sacada pensando, durante alguns minutos, se eu ia para a beira da praia ou não. O sol não se firmou e eu acabei decidindo ficar em casa mesmo. Tudo meio parado, minha prima continuava dormindo, minha avó estava costurando e o resto estava na praia. Resolvi ver um filme no meu notebook. Escolhi um clássico que há muito estava para ver. Até tenho vergonha de dizer que demorei tanto tempo para ver esse filme, justo eu que sou estudante de cinema a caminho do último semestre da faculdade, mas tudo bem, são coisas da vida. O fato é que eu tive a brilhante ideia de assistir esse filme genial. Entre as muitas opções de filmes, escolhi "Perfume de mulher"... que beleza! Duas horas e meia de completo prazer. Que história! Que atuações (Al Pacino me conquistou do início ao fim)! Que direção! Que perfeição! Como uma boa futura cineasta, fanática por filmes desde criança, filósofa de plantão e escritora nas horas vagas, eu sou cheia das reflexões e adoro filmes que fazem a gente viajar. Eu não apenas assisto o filme. Eu sinto o filme. Gosto daqueles que fazem a gente se sentir dentro da história, que nos envolvem, que provocam não só um tipo de emoção, mas várias, numa explosão de sentimentos, de ideias, de sensações. "Perfume de mulher" me ganhou por inteira. Eu assisti sozinha, num cantinho do apartamento, só eu, o computador, os fones de ouvido, Al Pacino e aquela bela história. Me peguei diversas vezes sorrindo quase sem querer ou com os olhos marejados ou então ansiosa por saber o que estava por vir. Me envolvi em cada segundo do filme, como se eu estivesse ali, junto com aquelas pessoas todas. O filme é encantador em cada detalhe. Vale lembrar que, além de contar aquela velha história de duas pessoas que se encontram e de um início de relacionamento conturbado vão se descobrindo, aprendendo e crescendo juntas até chegarem à um final pleno, o filme fala de nós, mulheres! E não é à toa que o nosso perfume está no título! Sutilmente o filme fala dos detalhes da complexidade das mulheres. Frank, o personagem do Al Pacino, ensina Charlie os pequenos encantos das mulheres. Cego, Frank passa a perceber os detalhes das mulheres à distância, ele adivinha a fragrância que elas usam, ele sabe as palavras certas a serem ditas, ele sabe exatamente como conduzi-las. A cena da dança é simplesmente... divina! A maneira como ele dança tango com aquela mulher que conheceu a poucos segundos é muito mais do que emocionante, é sensacional! O irônico da história toda é que Frank é antigo coronel do exército americano, é grosseiro, rabugento e extremamente tarado. Ele se diz um viciado em mulheres. Mas, ainda assim é sensível e admirador das mulheres. Ele descreve cada detalhe com sutileza, com paixão, com encantamento, com doçura, com um querer sincero e intenso. Ele nunca erra o nome de uma fragrância e seu maior desejo é encontrar uma mulher que possa se enlaçar em seu corpo, dormir e acordar ao lado dele. Por trás daquele forte e durão coronel, existe um apaixonado e fiel amante que só procura a felicidade ao lado de alguém que se ame. O filme é forte, ensina, questiona, faz pensar, completa, acrescenta, é especial. O filme me ganhou. Ganhou uma fã incondicional. Me encantei com a sutileza e com a sensibilidade da história toda.
Acho que faz a gente pensar que, talvez esteja mais do que na hora das pessoas perceberem as sutilezas da vida, de dar a devida importância aos detalhes, de sentir o aroma dos perfumes, de vivenciar as situações com paixão e intensidade, de aproveitar o presente, está mais do que na hora de sentir as coisas e não somente fazer por fazer.


Espero que tenham gostado da minha primeira postagem. Sempre que der apareço por aí.
Beijos,
Pâmela Hauber

Um comentário:

  1. Muito bem, gostei, só não sou muito fâ deste filme.Mas a história é muito boa, superação, amor, lealdade...uma boa história.Bj

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