Então... (entendam que eu estou começando o post, mas ainda tenho dúvidas do que vou falar)... Quinta-feira fui assistir ao badaladíssimo Namorados para sempre e o mais natural seria o post desse final de semana tratar desse filme. Porém, acho que causarei um quê de polêmica se eu for dar minha opinião mais sincera sobre este romance. Para quem gostou do filme e já ficou nervoso, calma! Não me entendam mal, eu gostei do filme, mas acho que ele não é tudo isso que estão falando... pra ser mais sincera do que eu pretendia ser, não é nem um “tiquinho” disso tudo que estão falando. Peço calma de novo!! Eu não sou dessas menininhas que adoram todas as comédias românticas com final feliz!!!! Pelo contrário! Tenho verdadeira aversão a filmes com finais felizes que poderiam ser bem mais interessantes se tivessem um final mais verdadeiro, que fosse mais triste, mas que casasse melhor com a história. Eu sou aquela que desde pequena torce para os vilões, que gosta de finais trágicos e que, atualmente, escreve roteiros quase sempre com finais sangrentos e tristes. Eu não sou adepta ao básico, ao clássico, ao folhetim de tudo dá certo no final! Peço perdão por estar meio que entregando o filme, mas percebi que em vários cantos da internet já rolam comentários desse tipo, então seguirei minha linha de raciocínio. Acho que o filme acerta no final, acerta na fotografia, acerta – muito! – no elenco, acerta em várias coisas... mas, em um contexto geral de história, pra mim, faltou muita coisa para ser um ótimo filme. Pra mim, ficou na categoria bom. O filme é bom. Bom e ponto final. Sem mais delongas, sem mais elogios. Eu poderia dar mil e uma explicações e analisar milhares de coisas para sustentar minha opinião do porquê não gostei tanto assim do filme como muitos que até já assistiram mais de uma vez, mas prefiro não entrar muito em detalhes porque, no final das contas, cinema é isso aí. É arriscar, inovar, renovar, inspirar, transmitir e provocar diferentes opiniões. Sempre vai ser assim. Alguns vão gostar outros nem tanto – que bom que é assim! Prefiro não me prolongar, apenas deixo aqui minha opinião simples de que não gostei tanto do filme como imaginei que iria gostar, uma pena. Todo caso, tiro meu chapéu para os realizadores, acho que, de fato, inovaram as comédias românticas e apresentaram um filme muito bem feito e diferente de tudo que já foi feito antes, isso já vale muito! Fiquei feliz nesse sentido! Falando nisso, preciso dizer que, apesar de gostar dos vilões e curtir sangue, eu sou a verdadeira manteiga derretida, choro em qualquer filme, admito. Agora, não sei se foi o dia ou o que foi, mas eu não derramei nenhuma lágrima no Namorados para sempre – acreditem, é a mais pura verdade! - e olha que eu já tava na TPM, hein? É... acho que eu realmente não me conectei a história por isso não me entreguei ao filme...
Tá... já falei muuitoo mais do que devia/queria sobre isso. Vou aproveitar para falar de outro filme que vi ontem. E acho que, talvez, eu abra espaço para muitas discussões porque podem pensar que eu sou do contra. Rsrsrs. Ontem fui assistir, aqui em São Paulo, sozinha, ao filme Não me abandone jamais – que estava na sessão cult em um dos Cinemark daqui. Ao longo do filme, percebi que algumas pessoas saíram no meio da sessão, outras ao término da sessão saíram falando mal do filme, outras saíram caladas assim como eu. Provavelmente as que saíram caladas gostaram tanto quanto eu gostei e saíram assim porque de fato entenderam e entraram no filme. Porque a história é dessas mesmo, que te calam a boca, te soqueiam o estômago e te fazem parar por alguns instantes. Preciso admitir que as pessoas que saíram caladas foram minoria, ou seja, imagino que a maioria não tenha gostado do filme. E, talvez vocês pensem que eu seja do contra... mas é inevitável, a verdade é que eu gostei muitíssimo do filme! Eu gosto desse tipo de filme, que te choca, te faz refletir sobre que merda – desculpem a palavra – viemos fazer nesse mundo!?!! O filme conta a história de três jovens que foram criados juntos em um rígido e peculiar internato europeu. Até certa idade eles não sabem exatamente o que são e o que realmente os aguarda no futuro. Mas, com a chegada de uma nova professora que não agüenta a pressão de esconder dos alunos a verdade, eles descobrem seus trágicos e inevitáveis fins. A partir disso mergulhamos em uma comovente e interessante história com direito a triângulo amoroso e uma realidade bizarra que nos faz pensar muito no real sentido da vida. Saí do cinema pensando no que falei agora pouco, cinema é pra isso mesmo, pra despertar diferentes opiniões sobre uma mesma coisa. Cada um tem a oportunidade de desenvolver uma idéia sobre o que assistiu. Mas, confesso que, ao sair da sessão e perceber várias pessoas criticando o filme, me senti um tantinho irritada, pensando que, “ou eu sou louca ou essas pessoas realmente não mergulharam de cabeça nesse filme”. Falo isso porque o filme realmente é bastante parado, com planos lentos, diálogos calmos, personagens frios e tristes. – o “normal” é as pessoas não entenderem e não gostarem. - Mas tudo isso tem um sentido! Porque seria impossível conviver com aquela realidade sem ser dessa maneira, frios e tristes. Para mim foi uma experiência reveladora vivenciar a trajetória daqueles personagens que estão passando por uma situação tão absurdamente triste e grandiosa, ao mesmo tempo. Não me abandone jamais foi bastante badalado em outros lugares do mundo, mas aparentemente, aqui no Brasil, não repercutiu tão bem assim. O filme nem entrou verdadeiramente em cartaz e agora ocupa lugar nos cinemas nessas sessões cults – pelo menos isso, pelo menos em alguns cinemas está em cartaz! Talvez seja um pouco de preconceito meu, mas é nessas situações que percebo como o público brasileiro é fraco e só reage a filmes mais simples. Abrindo parênteses para lamentar o pouco retorno que tenho visto do Estamos juntos – que comentei no último post – um filme brasileiro belíssimo e de muito potencial que está sendo visto por poucos... acho que o brasileiro foi feito para Se eu fosse você mesmo. Não querendo desmerecer este filme, mas só tentando dizer que a gente poderia ser bem mais do que uma comédia com atores globais. É claro que isso é uma questão cultural, de muitos anos, a gente se criou assim, o público brasileiro vem da cultura da novela e dificilmente vai entender ou gostar de filmes mais densos e peculiares. Não é uma crítica, nem tampouco um defeito... Mas é uma pena. Não entrarei em maiores detalhes sobre o Não me abandone jamais porque acho que, quem for ver, precisa vivenciar a situação toda junto com os personagens porque aí sim é que você mergulha naquele mundo melancólico por inteiro. Uma experiência de peso, para mim valeu muito a pena. Me sinto mais plena depois de assistir a filmes como esse que te permitem desenvolver senso crítico e te fazem refletir sobre o que somos e como podemos ser melhores como pessoas nesse mundo maluco em que vivemos.
Estou no meu penúltimo final de semana em São Paulo já sentindo saudades antecipadas dessa correria toda de ponte aérea. Me sinto mais ligada a cidade e admito que a cada vinda gosto um pouquinho mais daqui. Volto a dizer, não para morar, mas com certeza virei mais vezes estudar, visitar, passear. São Paulo é um prato cheio de cultura, lazer e miscigenação de vários tipos.
Espero não ter causado muito rebuliço com o meu post. Acho que o mais importante e o mais legal do cinema é justamente esse despertar de diferentes idéias e opiniões. Que chatice seria se todo mundo gostasse das mesmas coisas. São as diferenças que movimentam o mundo. São as diferentes opiniões e os diferentes gostos que fazem aparecem todos esses tipos de filmes que enfeitam nossas telas de cinema pelo mundo todo. Se todo mundo gostasse dos mesmos tipos de filme, não teríamos diferentes gêneros, nem diferentes atuações, nem diferentes nada! É a diversidade de gostos que faz aparecer esse montão de possibilidades pra gente ver. Eita coisa boa esse tal de cinema!
Por fim, um montão de beijos especiais e carinhosos para a minha fofura que está dodóizinha justo agora que estou longe... te cuida, tá? Daqui a pouco eu tô chegando de volta pra cuidar de vc... beijo beijo beijo beijo!
Até a próxima!
Beijos a todos!
Pam
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