E afinal, é ou não é loucura?

Hoje o dia foi um pouco pra pensar nas manias. Nas coisas comuns e incomuns.

De certa forma, tudo começou um pouco ontem a noite quando saímos para fazer uma coisinha light, comer um peixinho e tomar uma cervejinha no quiosque da beira da praia ouvindo música. Chegamos perto das 22h, conversamos, rimos bastante, pedi uma música da Marina para os cantores que me presentearam com "À francesa" - não foi bom como quando é a musa quem canta, mas sempre é bom ter um gostinho de Marina - comemos, bebemos algumas poucas cervejas, tiramos fotos... Eis que lá pelas tantas a Cris perguntou pra mim: "Tu não acha que tá um sol horrível aqui??" Eu bem tonta não entendi direito, né? Afinal era noite, estávamos em um bar, ok. com uma iluminação bastante amarelada, mas não era sol.. rsrsrs. Foi aí que vi, no cantinho uma mulher jantando com o namorado, marido, sei lá.. usando um chapéu bem grande na cabeça. É, povo! Um chapéu, dentro do bar, de noite!! Caímos na risada. Então eu prometi que na aula de hoje eu iria com o meu chapéu também, fosse o tempo que fosse!

Mas calma, a gente chega lá.. Dps dessa noite leve e agradável, viemos pra casa meia-noite e caí num soninho tranquilo e muito  relaxante. Perto das 8h acordei e vi que o tempo não tava muito bom, como eu ainda estava com bastante sono, resolvi continuar dormindo. Mais tarde, perto das 10h, levantei, vi que o tempo continuava ruim, mas mesmo assim me arrumei, tomei café e fui pra caminhada... mas, foi aí que começaram meus pensamentos sobre as manias. Quando terminei de tomar café e fui me ajeitar pra sair, percebi que tinha esquecido de pegar meus óculos escuros no quarto, me atucanei... fui tentar pegar, mas meus colegas de quarto já haviam se trancado (delícia)... tava desesperada já! Mas, pensei comigo mesma, não vou deixar de ir caminhar por causa dos óculos, né? Passei protetor, coloquei o boné e fui! Muito estranha aquela sesação. Não tinha sol, tava só um mormaço. Só que eu tô acostumada - tenho mania - de sempre estar de óculos. Fazer um tempão de caminhada a olho nu foi uma experiência muito esquisita. Por outro lado, foi bom. Parece que a gente enxerga melhor as coisas. Como se ficasse mais fácil observar as pessoas, o mar, a praia... sei lá. Parece que deu pra apreciar melhor a rua. Como se, quando estamos por trás da rotina - por trás dos óculos - a gente se fechasse num mundo só nosso, que só a gente vê, como se deixássemos de olhar pra fora. Não sei se dá pra entender.. Só sei que depois de alguns poucos minutos eu já estava até gostando de não estar com o meu acessório predileto. No final da caminhada tirei o boné, soltei os cabelos e senti o vento no rosto... muito bom! A tarde o tempo continuou estranho e resolvemos ficar em casa vendo filme. Assistimos a um suspense sinistro e muuuitooo bizarro! Não sei o nome em português. Aliás, o filme não é novo.. acho que é de 2009 ou antes, mas não teve muita propaganda por aqui, acho que nem veio para o cinema. No elenco atores conhecidos. Uma história muito esquisita. Criaturas bizarras. Assassinatos a sangue frio no trem de madrugada. Carnificina! Muito sangue! Vou ver se descubro mais detalhes e aí conto para vocês. Mas já adianto que o negócio começa bom, mas como muitos outros filmes de terror, termina numa viagem tão grande que já não fica mais tão interessante. O bom é que, novamente, gostei muito da fotografia! Pelo menos isso! E minha prima e o namorado continuram rindo dos meus comentários técnicos, mas é inevitável.. sorry! Rsrsrs.

No final da tarde, quando venci a preguiça, me arrumei e fui pra aula de dança. Saí de casa e vi que estava chuviscando. Mas eu fui de chapéu! E óculos escuros!! Cheguei na casinha do SESC e fui até a portinha onde a Cris estava no microfone chamando as pessoas pra aula e dando uns recados. Entrei e, enquanto ela ainda falava, parei na frente dela. Ela me viu, segurou a risada e continuou falando. Saí dali pra não desconcentrar ainda mais ela e fui mais pro lado, fiquei esperando.. Quando ela terminou de falar e desligou o microfone, caiu na gaitada. "Tu veio mesmo com o chapéu!" e eu respondi: "Eu disse que vinha". Ela ficou um tempão rindo, daí contamos a história pro resto do pessoal e fomos pra aula. Fiz o tempo todo de chapéu e a chuva caindo! Foi muito engraçado! Mas, gente.. pensa bem: Por que só usar chapéu em dias super mega ensolarados?!?? A moda agora é sair pra jantar de chapéu, fazer aula de dança na chuva de chapéu, daqui a pouco até ir pra balada vai pedir um chapéu bem transado de palha na cabeça das meninas! Rsrs. 

É isso.. Sério, essas coisinhas básicas fizeram eu ficar pensando que a gente cria umas manias, umas regras que nem sempre devem ser tão severas, entende? Não que a gente deva sair por aí agora usando chapéu na noite.. é estranho mesmo. Mas sei lá.. por que o "medo" de sair um dia sem óculos? Ou sem brincos? Ou por que ter medo de qualquer outra coisa que não siga uma "regra" imposta por nós mesmos? Enfim.. acho que, como tantas outras coisas nessa vida, não interessa muito o que é rotina, mania, moda, "normal"... o que importa mesmo é a gente estar se sentindo bem com a gente mesmo, fazer o que gosta, usar o que gosta. Quando não estamos afetando ao próximo, a opinião alheia é o de menos, o que importa de verdade é a gente estar feliz! Acho que o chapéu é a chave da renovação!! De vez enquando a gente precisa se libertar das "prisões" do cotidiano e simplesmente ser espontâneo e fazer o que der na telha! É.. mesmo sendo um dia chuvoso, preciso dizer que hoje foi um ótimo dia, estou me sentindo renovada! As saudades de Porto Alegre são grandes. Por um lado tô louca pra voltar.. "..Se é pra falar de amor, se é pra morrer de amor, eu saio do limite.. Amor, acredite, só pra te fazer feliz!.." Ê, saudade! Mas já é quinta, né? Tá chegando... segunda tô de volta!!

Beijos e até a próxima!